segunda-feira, 17 de março de 2014

No pais da copa, jogadores passam fome.

Na tarde do dia 12/03/2014, os jogadores do Quissamã revelaram que não tem mais condições de participar da Série B do Estadual e que não vão enfrentar o América no Estádio Antônio Carneiro da Silva, em Quissamã. Os atletas explicaram e questionaram a justificativa dos dirigentes, e contaram, em sua versão, os problemas que fizeram com que eles tomassem a decisão de deixar o torneio.
Prejuízo dos atletas , quem vai pagar?

Gláucio, atacante e capitão do Quissamã, explicou os problemas que assolaram o elenco do alvo e anil da terra do coco desde antes do início da competição. Salários atrasados, descaso com atletas lesionados, dificuldades em conseguir alimentação para os jogadores que moravam e moram na concentração, são alguns dos principais motivos segundo o próprio.

- Chegamos no dia 13/1 e diziam que os contratos seriam gerados na mesma semana de nossa chegada, mas só foram criados às vésperas da competição. Desta forma eles alegaram que os dias que trabalhamos antes do contrato não seriam pagos. Além disso, por diversas vezes, o dono da pousada (em que estamos hospedados) nos ameaçou de despejo, devido a falta de pagamento, que era responsabilidade do clube. Na questão da alimentação, por vezes, inclusive em véspera de jogo, não tínhamos o que comer, gerando desconforto imenso dentro do grupo, porque alguns tinham condições de pagar sua própria comida e outros não – disse.

O jogador seguiu seu depoimento dando ênfase na falta de cuidados médicos, problemas nos dias que antecederam as partidas e nos próprios jogos.

- Inclusive na derrota por 5 a 1, contra o Barra da Tijuca, na noite anterior os jogadores não tinham o que comer. O dono da pousada se comoveu e liberou X-Tudo e Coca-Cola para que nós atletas tivéssemos algo para a nossa alimentação. Na parte médica temos jogadores precisando de ressonância há mais de um mês e nada é providenciado, entre outros problemas – comentou.

O zagueiro Willian Xavier, comentou sobre o depoimento que os dirigentes do Quissamã deram ao FutRio. O defensor relatou ser fácil falar agora que não existe verba para o futebol profissional e, assim, não havendo possibilidade de sequência no trabalho. No entanto o mesmo indagou o que fazer em relação às famílias envolvidas.


- Não nos deram nenhuma possibilidade de resolução no caso. Agora não temos trabalho e o que faremos com as nossas contas de casa. Viemos para cá e só herdamos prejuízos. Temos que cuidar das nossas famílias e os dirigentes simplesmente não pensaram nisso – concluiu o zagueiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, é muito importante